Dia desses estava pensando em como está sendo complicada a situação de eu ter que me informar basicamente pela chamada grande mídia: Estadão e Folha, televisão, CBN, G1, Folha Online, etc. É impressionante como todos eles falam a mesma coisa e têm a mesma opinião, que geralmente é contrária a minha. Como nem sempre tenho grana pra comprar a CartaCapital ou a Caros Amigos, revistas dissonantes, a internet seria a única maneira de procurar alguem que falasse a minha língua. E não deu outra. Hoje eu estava navegando pelo blog do Emir Sader e li um texto em que ele dá uma série de dicas de veículos, impressos e digitais, que destoam daquilo que a gente assisti no Jornal Nacional, por exemplo.
De prima caí no site do jornal mexicano La Jornada, que o Emir chama de "o melhor jornal do continente", onde li uma matéria sobre o crescimento da pobreza extrema nos Estados Unidos. De acordo com ela, os estadunidenses vivem seu pior momento em 32 anos, com 16 milhões de pessoas vivendo na miséria. Um estudo do American Journal of Preventive Medicine mostrou que o número de "estadunidenses severamente pobres" subiu 26% entre 2000 e 2005, índice não atingido por nenhum segmento da economia. A capital, Washington, é a cidade que concentra o maior número de pobres.
Em seguida caí no site do Le Monde Diplomatique - Brasil, onde li um texto sobre a maneira pela qual o ser humano lida com os animais e outro a respeito dos verdadeiros interesses estadunidenses em relação à "problemática" nuclear no Irã. Finalmente achei alguem que fale dos animais como semelhantes. Finalmente li uma matéria que mostra o que está por trás do discurso dos Estados Unidos em relação a Teerã, discurso reproduzido em uníssono pela grande mídia. É uma balela parecida com aquela de uns quatro anos atrás, quando os EUA iniciaram o caos no Iraque com a justificativa de que o país estava desenvolvendo armas de destruição em massa.
Emir Sader ainda deu outras várias dicas que não tive tempo de conferir. Conferir-lás-ei (essa é boa!) em breve.
terça-feira, fevereiro 27
segunda-feira, fevereiro 26
Capítulo I
É, minha gente, três meses sem publicar um mísero textinho não é pouca coisa, não. A meia dúzia de leitores que passava por aqui já deve ter até esquecido o endereço do pobre Segundo Filhote. Mas vamos lá, o carnaval passou, o ano finalmente começou e eu estou de volta à ativa!
Demorei pra voltar a escrever porque queria que as fotos da viagem que eu e a Mari fizemos no fim do ano já estivem publicadas no fotopic. A intenção era escrever um texto para cada etapa da viagem, que foram três: Salvador, Universo Paralello e Boipeba/Morro de São Paulo. Textos recheados com as fotos. A seguir, um que escrevi ainda em Salvador, na noite do dia em que fizemos um tour pela cidade. Talvez, mais pra frente, eu escreva sobre a UP, Boipeba e Morro de São Paulo.
"Salvador, 26 de dezembro de 2006. 21h16.
Salvador não é o objetivo da nossa viagem, minha e da Mari. A programação que fizemos pra essas duas noites e um dia passados aqui foi bem difícil: a única certeza que tínhamos é que o Pelourinho deveria ser visitado. O resto do tempo a gente resolveria o que fazer.
Acordamos na manhã de hoje, terça-feira, 26 de dezembro, por volta das 10h30. Tomamos café, saímos, pegamos um ônibus e, um pouco antes das 13h, já estávamos no Praça da Sé (sim, existe uma Praça da Sé fora de São Paulo!). Caminhamos poucos metros e entramos na Praça Thomé de Souza, acredito que o marco inicial da cidade.
Mal pisamos na praça e já fomos abordados por um cara que se dizia guia turístico, mas que também vendia colares, pulseiras, etc. 'Essa fitinha do Senhor do Bonfim é um presente pra você', me disse o Vanildo enquanto amarrava a fita azul clara no meu pulso esquerdo. 'Vir pra Bahia e não voltar com uma dessa é a mesma coisa que não vir', completou. Logo atrás da gente estava o histórico Palácio Thomé de Souza, datado de 1549, a primeira construção de Salvador, de acordo com o Vanildo. Segundo ele, Thomé de Souza foi um primeiros brancos a desembarcar em Salvador.
Demorei pra voltar a escrever porque queria que as fotos da viagem que eu e a Mari fizemos no fim do ano já estivem publicadas no fotopic. A intenção era escrever um texto para cada etapa da viagem, que foram três: Salvador, Universo Paralello e Boipeba/Morro de São Paulo. Textos recheados com as fotos. A seguir, um que escrevi ainda em Salvador, na noite do dia em que fizemos um tour pela cidade. Talvez, mais pra frente, eu escreva sobre a UP, Boipeba e Morro de São Paulo.
"Salvador, 26 de dezembro de 2006. 21h16.
Salvador não é o objetivo da nossa viagem, minha e da Mari. A programação que fizemos pra essas duas noites e um dia passados aqui foi bem difícil: a única certeza que tínhamos é que o Pelourinho deveria ser visitado. O resto do tempo a gente resolveria o que fazer.
Acordamos na manhã de hoje, terça-feira, 26 de dezembro, por volta das 10h30. Tomamos café, saímos, pegamos um ônibus e, um pouco antes das 13h, já estávamos no Praça da Sé (sim, existe uma Praça da Sé fora de São Paulo!). Caminhamos poucos metros e entramos na Praça Thomé de Souza, acredito que o marco inicial da cidade.
Mal pisamos na praça e já fomos abordados por um cara que se dizia guia turístico, mas que também vendia colares, pulseiras, etc. 'Essa fitinha do Senhor do Bonfim é um presente pra você', me disse o Vanildo enquanto amarrava a fita azul clara no meu pulso esquerdo. 'Vir pra Bahia e não voltar com uma dessa é a mesma coisa que não vir', completou. Logo atrás da gente estava o histórico Palácio Thomé de Souza, datado de 1549, a primeira construção de Salvador, de acordo com o Vanildo. Segundo ele, Thomé de Souza foi um primeiros brancos a desembarcar em Salvador.
'Amanhã à noite tem show do Olodum'. 'Opa, é na faixa?', perguntei. 'Não, não é 0800 não. Show de graça em Salvador não é legal pra turista, vai muito baiano', brincou. Que beleza...hehehe.
Seguimos caminho e há três quarteirões chegamos ao Pelourinho, a menina dos olhos de Salvador. E não é pra menos, o lugar é lindo. Eu, do alto da minha cabeça fresca, achava que o Pelourinho se resumia a duas ou três ruas de paralelepípedos com casas coloridas. Não fazia idéia da maneira pela qual as cores dos imóveis históricos que servem de restaurantes, ateliês, bares, lojas de produtos típicos, etc, dão vida e alegria àquele lugar, assim como o sorriso e a hospitalidade dos baianos. Alegria, aliàs, é o que não falta por ali. Simplicidade e alegria, seguidas pela hospitalidade, são as principais características do povo baiano, na minha opinião.
Seguimos caminho e há três quarteirões chegamos ao Pelourinho, a menina dos olhos de Salvador. E não é pra menos, o lugar é lindo. Eu, do alto da minha cabeça fresca, achava que o Pelourinho se resumia a duas ou três ruas de paralelepípedos com casas coloridas. Não fazia idéia da maneira pela qual as cores dos imóveis históricos que servem de restaurantes, ateliês, bares, lojas de produtos típicos, etc, dão vida e alegria àquele lugar, assim como o sorriso e a hospitalidade dos baianos. Alegria, aliàs, é o que não falta por ali. Simplicidade e alegria, seguidas pela hospitalidade, são as principais características do povo baiano, na minha opinião.
Ficamos no 'Pelô' até umas 15h30, quando voltamos à Praça da Sé e tomamos um ônibus com destino ao Farol da Barra, onde chegamos por volta das 16h10. Sentamos nas pedras que ficam à beira-mar, do lado do Farol, mas logo saímos, incomodados pela sujeira do lugar. Sujeira e descaso quanto a ela: essas são as duas críticas negativas que tive nesse pouquíssimo tempo de Salvador.
Das pedras nós saímos pra uma caminhada de quase duas horas que passou pelas praias do Farol da Barra, Ondia e Rio Vermelho, onde estamos passando as noites. E o que vimos em abundância nessas três praias foi muito saco plástico, copo descartável, garrafas e demais variações de sujeira que as pessoas levam à praia. Mas o que nos impressionou, além da ausência de garis, foi a normalidade com que os banhistas convivem com isso. Parecia que eles estavam acostumados com as praias sujas...
Das pedras nós saímos pra uma caminhada de quase duas horas que passou pelas praias do Farol da Barra, Ondia e Rio Vermelho, onde estamos passando as noites. E o que vimos em abundância nessas três praias foi muito saco plástico, copo descartável, garrafas e demais variações de sujeira que as pessoas levam à praia. Mas o que nos impressionou, além da ausência de garis, foi a normalidade com que os banhistas convivem com isso. Parecia que eles estavam acostumados com as praias sujas...
Bom, minha gente, agora são 22h10 e eu vou dormir, já que tô quebrado e amanhã pretendemos acordar às 5h45 para iniciarmos a romaria até a Universo Paralello. A Mari tá capotada aqui do meu lado. Tenho certeza que, se acordada, ela mandaria um boa noite pra vocês. Eu mando por ela. Boa noite e até o próximo capítulo.
22h13"
22h13"
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