Aprendi que os atentados terroristas são caracterizados, principalmente, pelo grande número de civis mortos, pela imprevisibilidade (eles podem ocorrer em Nova York, Londres, Madri ou no vilarejo de Qana) e pela espetacularização proporcionada pela mídia. Assim ocorreu no 11 de setembro, nos ônibus da capital inglesa e nos trens espanhóis.
Hoje, no sul do Líbano, o exército israelense matou 37 crianças, 16 mulheres e três homens, no pior e mais covarde bombardeio desde que tiveram início os conflitos entre Israel e o Hezbollah, em 12 de julho. De lá para cá, aliás, cerca de 500 pessoas foram mortas - 450 eram civis libaneses. Logo, se as ações do exército de Israel são legítimas, o meu conceito de atentado terrorista não tem qualquer fundamento.
segunda-feira, julho 31
quarta-feira, julho 26
O lado bom
Fazer um caderno de turismo pela internet também tem lá as suas vantagens. Claro, não há nada melhor para a matéria do que a presença física do repórter no lugar, explorando-o, observando-o sensível e atentamente, com aqueles olhos de águia que a terra um dia há de comer.
Digo isso porque a matéria de capa do Viajar desta semana será sobre Amsterdã, cidade que serviu de palco para as gravações dos primeiros capítulos da nova novela da Globo - vale lembrar que a TV do sr. Marinho é a mãe do Diário. Como o jornal não me mandou pra lá, fui eu mergulhar na internet a fim de procurar aquilo que a "Veneza do Norte" tem de mais interessante, pra poder descrever na matéria. E como tem coisa bacana naquela lugar!
O que mais me chamou a atenção e o que me motivou a escrever estas mal traçadas foi a Casa de Anne Frank. Assim como eu, você já deve ter ouvido falar desse nome. Você, inclusive, pessoa culta e inteligente que é, ao contrário de mim, já deve até ter lido o livro/diário de Anne. Pois se você, assim como eu, apenas ouviu falar mas não sabe do que se trata, vai um resuminho da história, pesquisado durante o meu turismo virtual.
Anne Frank foi uma jovem alemã, filha de judeus, que se mudou pra Amsterdã durante a Segunda Guerra. Perseguida pelos nazistas, a família rumou à Holanda por ser este um país um pouco mais tranquilo para os padrões da época, numa Europa presa às atrocidades comandadas por Hitler. Em 1942, porém, Anne, os pais, a irmã e mais quatro empregados da família foram obrigados a se esconder no sótão da casa, num cômodo secreto, para não serem entregues aos nazistas. Permaneceram lá durante dois longos anos, sem poder sair para a rua, sem ver a luz do sol, correndo o risco de a qualquer momento serem descobertos e mandados aos cães do Führer.
Durante o período de clausura, Anne, então com 13 anos, escreveu um diário onde registrou o cotidiano no terraço, transcreveu algumas das informações que vinham de fora, numa cidade bombardeada, e falou de sua relação consigo mesma e com as pessoas ao seu redor. Em 1944 eles foram descobertos, entregues à polícia e levados ao campo de concentração de Auschwitz. Anne morreu um ano depois, vítima de tifo. Seu pai sobreviveu, e, em 1947, publicou o diário da garota, que foi traduzido para mais de 70 idiomas e é um dos livros mais lidos no mundo.
Atualmente, a casa que serviu de esconderijo para Anne, no centro de Amsterdã, virou um museu, onde estão expostos o diário original da jovem, a estante falsa que servia de passagem para o sótão e outros objetos pessoais da família.
Tá vendo como fazer caderno de turismo pela internet também é bom? Não só vou ler o livro como vou visitar a Casa de Anne Frank. Já combinei com a Mari. Vamos?
Digo isso porque a matéria de capa do Viajar desta semana será sobre Amsterdã, cidade que serviu de palco para as gravações dos primeiros capítulos da nova novela da Globo - vale lembrar que a TV do sr. Marinho é a mãe do Diário. Como o jornal não me mandou pra lá, fui eu mergulhar na internet a fim de procurar aquilo que a "Veneza do Norte" tem de mais interessante, pra poder descrever na matéria. E como tem coisa bacana naquela lugar!
O que mais me chamou a atenção e o que me motivou a escrever estas mal traçadas foi a Casa de Anne Frank. Assim como eu, você já deve ter ouvido falar desse nome. Você, inclusive, pessoa culta e inteligente que é, ao contrário de mim, já deve até ter lido o livro/diário de Anne. Pois se você, assim como eu, apenas ouviu falar mas não sabe do que se trata, vai um resuminho da história, pesquisado durante o meu turismo virtual.
Anne Frank foi uma jovem alemã, filha de judeus, que se mudou pra Amsterdã durante a Segunda Guerra. Perseguida pelos nazistas, a família rumou à Holanda por ser este um país um pouco mais tranquilo para os padrões da época, numa Europa presa às atrocidades comandadas por Hitler. Em 1942, porém, Anne, os pais, a irmã e mais quatro empregados da família foram obrigados a se esconder no sótão da casa, num cômodo secreto, para não serem entregues aos nazistas. Permaneceram lá durante dois longos anos, sem poder sair para a rua, sem ver a luz do sol, correndo o risco de a qualquer momento serem descobertos e mandados aos cães do Führer.
Durante o período de clausura, Anne, então com 13 anos, escreveu um diário onde registrou o cotidiano no terraço, transcreveu algumas das informações que vinham de fora, numa cidade bombardeada, e falou de sua relação consigo mesma e com as pessoas ao seu redor. Em 1944 eles foram descobertos, entregues à polícia e levados ao campo de concentração de Auschwitz. Anne morreu um ano depois, vítima de tifo. Seu pai sobreviveu, e, em 1947, publicou o diário da garota, que foi traduzido para mais de 70 idiomas e é um dos livros mais lidos no mundo.
Atualmente, a casa que serviu de esconderijo para Anne, no centro de Amsterdã, virou um museu, onde estão expostos o diário original da jovem, a estante falsa que servia de passagem para o sótão e outros objetos pessoais da família.
Tá vendo como fazer caderno de turismo pela internet também é bom? Não só vou ler o livro como vou visitar a Casa de Anne Frank. Já combinei com a Mari. Vamos?
segunda-feira, julho 3
Derrotas do cotidiano
São tantas as coisas que eu poderia dizer a respeito da derrota do Brasil na Copa que eu começo a escrever este texto sem saber ao certo por qual delas começar. Poderia, como grande parte dos brasileiros e das mesas redondas, iniciar a famosa "caça às bruxas" e levar à baixo os jogadores supostamente culpados pelo fiasco.
O que eu acredito, porém, é que tudo na existência possui lados positivos, até mesmo aquelas coisas aparentemente terríveis. E lados ruins também, diga-se de passagem. O lado bom da derrota diante da França, futebolisticamente falando, é que ela nos mostrou que existem seleções melhores que a nossa e jogadores melhores que os nossos. Ou vamos continuar adotando o discurso de que seremos os melhores sempre, de que derrotas como a de ontem são meros acasos? O pior é que, mesmo depois da palestra sobre futebol ministrada pela França, muito brasileiro vai continuar achando que ainda ditamos as regras no mundo da bola...
O que deve ser dito é que nós precisamos mudar a mentalidade quando o assunto é futebol. Precisamos desfanatizar os fanáticos (eu sou um deles), ou levar um pouco mais de racionalidade a eles. Eu já ouvir dizer que, na Argentina, o mesmo bumbo que ecoa na Bombonera, estádio do Boca Juniors, casa do fanatismo, também soa na frente da Casa Rosada. Porra, o título do Brasil no mundial não iria aumentar o nosso salário, não iria fazer baixar o preço do bilhete de metrô, não iria diminuir a carga horária de quem trabalha doze horas por dia dirigindo caminhão de cana, não iria despoluir o rio Tietê, não iria prender o Marcos Valério, não iria instalar bloqueadores de celular nas penitenciárias, não iria diminuir o preço da cerveja, não iria educar aqueles que jogam lixo no chão, não iria acabar com as queimadas na Amazônia e nem evitar os congestionamentos das 8h da manhã na 23 de maio.
Seria muito bom ganhar, mas perder não é de todo ruim. Tenhamos certeza disso!
"Robinho, alguma dúvida?",
questionou o palestrante Zizu
O que eu acredito, porém, é que tudo na existência possui lados positivos, até mesmo aquelas coisas aparentemente terríveis. E lados ruins também, diga-se de passagem. O lado bom da derrota diante da França, futebolisticamente falando, é que ela nos mostrou que existem seleções melhores que a nossa e jogadores melhores que os nossos. Ou vamos continuar adotando o discurso de que seremos os melhores sempre, de que derrotas como a de ontem são meros acasos? O pior é que, mesmo depois da palestra sobre futebol ministrada pela França, muito brasileiro vai continuar achando que ainda ditamos as regras no mundo da bola...
O que deve ser dito é que nós precisamos mudar a mentalidade quando o assunto é futebol. Precisamos desfanatizar os fanáticos (eu sou um deles), ou levar um pouco mais de racionalidade a eles. Eu já ouvir dizer que, na Argentina, o mesmo bumbo que ecoa na Bombonera, estádio do Boca Juniors, casa do fanatismo, também soa na frente da Casa Rosada. Porra, o título do Brasil no mundial não iria aumentar o nosso salário, não iria fazer baixar o preço do bilhete de metrô, não iria diminuir a carga horária de quem trabalha doze horas por dia dirigindo caminhão de cana, não iria despoluir o rio Tietê, não iria prender o Marcos Valério, não iria instalar bloqueadores de celular nas penitenciárias, não iria diminuir o preço da cerveja, não iria educar aqueles que jogam lixo no chão, não iria acabar com as queimadas na Amazônia e nem evitar os congestionamentos das 8h da manhã na 23 de maio.
Seria muito bom ganhar, mas perder não é de todo ruim. Tenhamos certeza disso!
"Robinho, alguma dúvida?",
questionou o palestrante Zizu
após os 90 minutos da apresentação.
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