quarta-feira, julho 26

O lado bom

Fazer um caderno de turismo pela internet também tem lá as suas vantagens. Claro, não há nada melhor para a matéria do que a presença física do repórter no lugar, explorando-o, observando-o sensível e atentamente, com aqueles olhos de águia que a terra um dia há de comer.
Digo isso porque a matéria de capa do Viajar desta semana será sobre Amsterdã, cidade que serviu de palco para as gravações dos primeiros capítulos da nova novela da Globo - vale lembrar que a TV do sr. Marinho é a mãe do Diário. Como o jornal não me mandou pra lá, fui eu mergulhar na internet a fim de procurar aquilo que a "Veneza do Norte" tem de mais interessante, pra poder descrever na matéria. E como tem coisa bacana naquela lugar!
O que mais me chamou a atenção e o que me motivou a escrever estas mal traçadas foi a Casa de Anne Frank. Assim como eu, você já deve ter ouvido falar desse nome. Você, inclusive, pessoa culta e inteligente que é, ao contrário de mim, já deve até ter lido o livro/diário de Anne. Pois se você, assim como eu, apenas ouviu falar mas não sabe do que se trata, vai um resuminho da história, pesquisado durante o meu turismo virtual.
Anne Frank foi uma jovem alemã, filha de judeus, que se mudou pra Amsterdã durante a Segunda Guerra. Perseguida pelos nazistas, a família rumou à Holanda por ser este um país um pouco mais tranquilo para os padrões da época, numa Europa presa às atrocidades comandadas por Hitler. Em 1942, porém, Anne, os pais, a irmã e mais quatro empregados da família foram obrigados a se esconder no sótão da casa, num cômodo secreto, para não serem entregues aos nazistas. Permaneceram lá durante dois longos anos, sem poder sair para a rua, sem ver a luz do sol, correndo o risco de a qualquer momento serem descobertos e mandados aos cães do Führer.
Durante o período de clausura, Anne, então com 13 anos, escreveu um diário onde registrou o cotidiano no terraço, transcreveu algumas das informações que vinham de fora, numa cidade bombardeada, e falou de sua relação consigo mesma e com as pessoas ao seu redor. Em 1944 eles foram descobertos, entregues à polícia e levados ao campo de concentração de Auschwitz. Anne morreu um ano depois, vítima de tifo. Seu pai sobreviveu, e, em 1947, publicou o diário da garota, que foi traduzido para mais de 70 idiomas e é um dos livros mais lidos no mundo.
Atualmente, a casa que serviu de esconderijo para Anne, no centro de Amsterdã, virou um museu, onde estão expostos o diário original da jovem, a estante falsa que servia de passagem para o sótão e outros objetos pessoais da família.
Tá vendo como fazer caderno de turismo pela internet também é bom? Não só vou ler o livro como vou visitar a Casa de Anne Frank. Já combinei com a Mari. Vamos?

2 comentários:

Mari disse...

Quando eu voltar te mostro o que escrevi depois de mergulhar no esconderijo... O museu 'e muito bem feito, e 'e realmente onde eles se esconderam. Vc pode entrar e ver tudo, onde eles viveram todo esse tempo.
O diario foi deixado no esconderijo por Anne, e a secretaria do pai, principal cumplice da familia, que ajudava com o suprimento de comida e etc, foi quem achou e guardou ate o dia em que o pai dela recebeu a noticia de que Anne e sua irma estavam mortas. No final da visita, pode-se surfar em computadores com milhares de informacoes e videos, depoimentos do pai de Anne, dos funcionarios, ..... enfim, passei quase 4 horas la dentro. e estou lendo o livro, claro! 'Otima leitura e informacao!!

E ja que 'e pra falar de cultura e eu estou rodando a Europa atras disso, pra quem estiver lendo e um dia visitar Budapest, nao deixe de visitar a House of Terror, com uma riquissima historia sobre Nazismo e Socialismo, ja que a Hungria foi dominada pelos dois monstros em diferentes 'epocas.... mais informacoes no meu blog em alguns dias...

Mari disse...

so pra nao causar, nao acho o socialismo um monstro, de jeito nenhum... as ideias ate me atraem, e muito! mas pras pessoas que o viveram aqui, foi uma epoca muito dura. e quem visitar o museu ou conversar com algum antigo membro da uniao sovietica, como fiz hoje, vai ver o que eles passaram... descrever as barbaridades me da nausea.... triste, muito triste mesmo, que um idealismo tao bonito tenha sido aplicado de maneira tao equivocada por aqui..