sexta-feira, maio 29

Twittando

Estou 'twittando' desde quarta-feira e curtindo pacas o negócio. Na barra lateral do Segundo Fióte, aqui na direita, inseri uma ferramenta que dá acesso ao meu Twitter e mostra as minhas atualizações.

Follow me!

quinta-feira, maio 28

Dafra

Reza por aí a lenda de que os donos de motos Dafra estão enrolados, pois as danadas dariam problemas constantemente, as fábricas não teriam peças de reposição, essas coisas. Lenda que só mesmo quem comprou uma pode confirmar. O fato é que tá rolando na internet um video muito engraçado, sensacional, produzido a partir da propaganda da Dafra protagonizada pelo Wagner Moura.

Divirta-se.

quarta-feira, maio 27

Será o fim?

A eventual extinção dos jornais impressos é um dos temas mais recorrentes nas faculdades de Jornalismo atualmente. Com o advento da internet, que disponibiliza gratuitamente conteúdos informativos diversos, através inclusive dos sites dos próprios jornais, a migração do leitor para a rede mundial é invevitável, dizem.

Pra mim, essa ficha foi cair realmente durante uma conversa que tive com a amiga de uma amiga. Falávamos sobre acesso à informação, e ela me disse que se informa através da internet, unicamente, deixando subentendido que não paga por algo que pode ter de graça. "Rapaz, não é que os jornais estão ameaçados mesmo?", pensei.

A minha opinião é a de que os veículos impressos não vão acabar, embora venham a sofrer, como já estão sofrendo, fortes abalos em função, também, dessa "migração de mídia". Lembro que quando assinávamos a Folha de SP lá em casa, em 1997, o jornal tinha uma tiragem diária de aproximadamente 500 mil exemplares, chegando a 1 milhão aos domingos. Atualmente, a tiragem de segunda à sexta é de mais ou menos 300 mil e a dominical não chega a 400 mil.

Leio hoje que a Gazeta Mercantil poderá fechar as portas no fim deste mês. Eles acumulam dívidas trabalhistas que chegam a R$ 200 milhões e possuem ainda uma série de outros débitos (veja a matéria completa aqui). A equipe do jornal, cerca de 100 pessoas, está na corda bamba.

Pena...

terça-feira, maio 19

Eu já sabia

Seu Francisco Telles veio à minha cabeça enquanto lia matéria sobre a fusão entre Sadia e Perdigão, anunciada ontem.

Em 1993, numa das longínquas aulas de História daquela 5a série, Seu Chico explicou a pimpolhos como este que uma das principais características do sistema Capitalista era a fusão entre mega-empresas (tá vendo, mãe, como eu prestava atenção nas aulas?!).

Pra nós, consumidores, dizia o amado mestre, o reflexo deste tipo de ação é uma possível alta nos preços, consequência da diminuição da concorrência.

Na versão impressa da Folha de SP de hoje, o box "E eu com isso?", relativo à fusão entre as duas gigantes, trouxe a seguinte informação:

"A fusão entre Sadia e Perdigão aumenta a concentração de mercado no setor alimentício, reduzindo a concorrência. Com menos fornecedores disputando a atenção dos consumidores, estes ficam mais suscetíveis a aumentos de preço."

Só tenho uma coisa a dizer: "Eu, já sabiaaaa / Eu, já sabiaaaa".

Viva o Seu Chico!

sexta-feira, maio 15

Superstições e manias da boleirada

Torcedores e profissionais de futebol são supersticiosos e cheios de mania. Na quarta-feira, o cara senta na mesma poltrona que sentou no domingo, quando o time dele goleou o principal rival. Afinal, "deu sorte". A camisa também é a mesma. Falando em camisa, o técnico Tite, nos tempos de Corinthians, ia pros jogos sempre com a mesma camisa preta. Agora, no Inter de Porto Alegre, me parece que ele só usa uma vermelha.

E o Zagallo com o número 13 dele? "Brasil campeão no sei do que" tem 13 letras, "o estádio da final que o Brasil ganhou" fica no quarteirão 13, "Pachequinho fez aquele golaço" porque vestia a camisa 13. E por aí vai.

Mas estas são superstições que não fazem mal a ninguém. Os torcedores de estádio, no entanto, têm algumas manias pra mim irritantes. Uma delas é o repúdio verbal agressivo àqueles que, num lance de perigo, gritam 'gol' antes da bola ter entrado. Sabe quando o lateral cruza aquela bola com açúcar e o atacante cabeceia forte, com endereço, e você inconscientemente acaba soltando um "gol, gol, gol" antes do tempo? Pois é, no estádio você tem que se precaver para não soltar esse "gol" antes da hora. Porque se soltar e a bola não entrar, a galera ao redor vai te xingar horrores. Engraçado que em muitos lances perigosos a bola acaba não entrando, mesmo que ninguém tenha gritado o "gol" antecipado. Não entendo mais nada...

Uma mania também em vigência, pelo menos nos jogos do Corinthians, é o repúdio ao famoso grito "Ei, juiz, vai tomar no c....", proferido por uma parcela da torcida quando o árbitro marca algo que vai de encontro ao anseio da galera. Nesses momentos, os torcedores que se consideram 'corintianos profissionais' se endoidecem, viram para aqueles que entoaram o tal grito e começam: "vamo gritar Corinthians, baraaaalho", "gritar Corinthians, pooooorr".

Nesse caso, em partes, eu até concordo com os 'corintianos profissionais'. Acho que a torcida tem mesmo que gritar Corinthians o tempo todo, cantar para o time e não dar audiência pro juiz. Se for para xingá-lo, que o façam da maneira tradicional, dizendo que a mãe dele é uma mulher da vida, que ele não tem sustentabilidade ética nem idoneidade moral pra marcar aquela falta, ou seja, que é um ladrão, e assim por diante. Xingamentos avulsos. Agora, puxar o "Ei, juiz, vai tomar no c...." é muito de torcedor de numerada. Não dá, sabe também por que? Porque, geralmente, os caras que puxam esse grito não cantam pro time em nenhum momento do jogo. Eles passam partida toda xingando o adversário, muitas vezes os jogadores do próprio Corinthians, e quando resolvem 'cantar' algo, mandam o "Ei, juiz, vai tomar no c....".

Mas tudo bem também, cada um grita o que quiser, não vou eu lá no estádio ficar regulando a manifestação da torcida, como fazem os 'corintianos profissionais'.

Fico com as superstições!


quinta-feira, maio 14

José Arcadio Buendía

"Já quase pulverizado pela profunda decrepitude da morte, Prudencio Aguilar vinha duas vezes por dia conversar com ele. Falavam de galos. Prometiam fazer uma criação de animais magníficos, não tanto para desfrutar umas vitórias que no momento já não lhes fariam falta, mas para ter alguma coisa com que se distrair nos tediosos domingos da morte. Era Prudencio Aguilar quem o limpava, quem lhe dava de comer e quem lhe levava notícias esplêndidas de um desconhecido que se chamava Aureliano e que era coronel de guerra. Quando só, ele se consolava com o sonho dos quartos infinitos. Sonhava que se levantava da cama, abria a porta e passava para outro quarto igual, com a mesma cama de cabeceira de ferro batido, a mesma portrona de vime fundo. Desse quarto passava para outro exatamente igual, cuja porta abria para passar para outro exatamente igual, e em seguida para outro exatamente igual, até o infinito. Gostava de ir de quarto em quarto, como numa galeria de espelhos paralelos, até que Prudencio Aguilar lhe tocava o ombro. Então voltava de quarto em quarto, acordando para trás, percorrendo o caminho inverso, e encontrava Prudencio Aguilar no quarto da realidade. Uma noite, porém, duas semanas depois de o terem levado para a cama, Prudencio Aguilar tocou-lhe o ombro num quarto intermediário, e ele ficou ali para sempre, pensando que era o quarto real. (...) Então entraram no quarto de José Arcadio Buendía, sacudiram-no com toda a força, gritaram-lhe ao ouvido, puseram um espelho diante das fossas nasais, mas não puderam despertá-lo. Pouco depois, quando o caripinteiro tomava as medidas para o ataúde, viram pela janela que estava caindo uma chuvinha de minúsculas flores amarelas. Caíram por toda a noite sobre o povoado, numa tempestade silenciosa, e cobriram os tetos e taparam as portas, e sufocaram os animais que dormiam ao relento. Tantas flores caíram do céu que as ruas amanheceram atapetadas por uma colcha compacta, e eles tiveram que abrir caminho com pás e ancinhos para que o enterro pudesse passar."

Trecho de "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez.

domingo, maio 10

(Falta de) Ética

Depois de um sem-número de parlamentares ter sido anistiado no caso das passagens aéreas, uma nova anistia desponta no horizonte. O deputado Edmar Moreira, aquele do castelo de R$ 25 milhões no interior das Minas Gerais, está sendo questionado processualmente por usar notas das próprias empresas para justificar os gastos de sua verba indenizatória. Em defesa, ele diz que não havia nenhum tipo de norma que o impedisse de usar a verba com as tais empresas. Também citou o entendimento do presidente da Câmara, Michel Temer, no caso das passagens: não houve irregularidade pois não havia normas. Assim sendo, anistia para todos.

Regra, em ambos os casos, não havia. Ética também não houve. Afinal, não é preciso regra para saber que não é nada ético usar a cota de passagens para financiar viagens de lazer, mundo a fora, de parentes, amigos, namoradas, times de futebol. Do mesmo modo, não me parece ético a um deputado usar a verba indenizatória, dinheiro público, em favor de empresas próprias.

Por fim cito mais um deputado, Sérgio Moraes, relator do processo contra Edmar Moreira: fortemente pressionado pela imprensa por ter sinalizado que pretende arquivar o caso, ele criticou os veículos de comunicação e disse que consegue se reeleger "mesmo depois de tudo que a mídia escreve".

São essas as pessoas que colocamos no poder.

terça-feira, maio 5

O Coringão é fogo...

... afinal, ser campeão invicto não é mole não!