terça-feira, abril 21

Lembranças e atualidades da bola

Jogar futebol e acompanhar o esporte bretão são duas coisas que faço já há algum tempo. Na minha memória de elefante, inclusive, tenho a imagem nítida não vou dizer da primeira vez que joguei bola, mas pelo menos de uma das primeiras. Foi em 1988, eu tinha portanto de cinco pra seis anos. Sei o ano direitinho porque remonta a uma situação de mudança de casa por parte da minha família: nós morávamos numa casa no Tatuapé, pertinho da gloriosa Praça Sílvio Romero, e o dia dessa minha minha lembrança foi o dia em que nos mudamos pra uma outra casa, no mesmo Tatuapé, só que mais perto da Praça do Bom Parto.

A rua para a qual mudamos, pra minha sorte e pra do meu irmão, era cheia de molecada como a gente. Molecada bacana, que brincava horrores o tempo todo na rua e que tem uma parcela de contribuição enorme pro sucesso que foi a nossa infância. Ao lado do meu avô, sócio do Corinthians desde os idos da década de 60, e que nos incentivou bastante a frequentar o clube, esses moleques também têm uma boa parcela de culpa por sermos os corinthianos que somos hoje, pois todos, com apenas duas exceções (um são-paulino e um da Lusa) eram corinthianos roxos que adoravam torcer pro Corinthians naqueles tempos em que o Neto matava a pau.

Mas, voltando, a imagem que eu tenho dessa minha "primeira vez" jogando bola é o caminhão da mudança parado, descarregando as coisas em frente a nossa nova casa, e eu e meu irmão já batendo uma pelota com os novos amigos da rua. Isso logo no primeiro dia, hein... Percebe-se que meus problemas de sociabilidde vêm de longa data...

Também lembro com muita clareza, a gente já morando em Dois Córregos, de como gostávamos não apenas de jogar futebol, mas de acompanhá-lo também. Tivemos o privilégio de assistir por um bom tempo, entre 1993 e 1994, uma mesa redonda na TV Cultura, o Cartão Verde, composta basicamente por Juca Kfouri e José Trajano nos comentários e por Flávio Prado na apresentação do programa - a pessoa do sexo feminino que leu "mesa redonda" até se arrepiou, tamanho é o ódio que as mulheres, em geral, têm por esse formato de programa esportivo. Mas esse Cartão Verde, pela qualidade profissional do trio, era tolerável no mínimo por alguns instantes pelas mulheres.

O Juca Kfouri se tornou meu herói na profissão: adoro ouvir o programa diário dele na CBN, sou frequentador do blog, sempre que posso leio as colunas na Folha. Do Trajano, infelizmente, acompanhei muito pouco desde então. Ele participa de um programa na ESPN Brasil, inclusive ao lado do Juca, mas como eu não tenho ESPN em casa não consigo acompanhar, e confesso que não sei se ele é colunista de jornal, se tem blog, programa em rádio, etc...

O Flávio Prado, puts, esse é uma decepção monstruosa. Na época do Cartão Verde ele era bem discreto nos comentários pelo fato, principalmente, de ter ao lado dois dos mais respeitados comentaristas esportivos do Brasil. Ele se limitava e mediar a participação do Juca e do Trajano e sempre que comentava algo, por ser um cara discreto na época, o fazia com objetividade e precisão. Hoje em dia, no entanto, o Flávio Prado vai de mau a pior. Apresentador do "Mesa Redonda" e comentarista do "Gazeta Esportiva", ele se tornou agressivo nos comentários, prepotente, generalista, inflexível e até desrespeitoso. Dá nojo. A última dele foi aprovar a péssima atuação do zagueiro Domingos, do Santos, um brutamontes desqualificado futebolisticamente que protagonizou uma das cenas mais lamentáveis de 2009 no futebol brasileiro. Flávio Prado o chamou de "genial", pode?, pela malandragem baixa que esse grosso usou no jogo contra o Palmeiras, domingo passado.

Ver o que se tornou esse profissional que eu acompanho desde criança é uma pena. Relembrar da história toda, aí sim, é genial!

3 comentários:

Unknown disse...

Nuggets, o Trajano tem um videoblog muito massa...
Acessa ae www.espn.com.br

Abraço.

André disse...

Alequis...
Comente sobre o Parmera de vez em qndo!
Diego Souza.... Luxa...
Fica ai de esporte bretão...

Rajan Alexxx disse...

valeu pela dica, Zuza
King, eu falo mais do Parmera do que do Curintia aqui, rapaaaaai...rs
abs