Após o jogo, a já tradicional polêmica surgida sempre que um time brasileiro vai jogar na altitude entrou em cena, com o presidente do Flamengo chegando a dizer, inclusive, que sob a gestão dele o Mengão nunca mais subiria a montanha para jogar. Depois de muito burburinho e diz que me disse, a Fifa resolveu intervir e proibiu jogos internacionais em cidades localizadas acima 2.500 metros do nível do mar.
Não demorou e os presidentes da Bolívia e da Venezuela, Evo Moralez e Hugo Chavez, que adoram politizar e polemizar, promoveram diversas ações com o objetivo de mostrar que jogar na altitude não fazia mal à saúde. Uma delas foi uma 'pelada' no estádio Hernando Siles, em La Paz, há 3.500 metros, que teve a participação de Morales e de Diego Armando Maradona, amigão de Fidel, guevarista de tatuagem e camarada de Hugo Chavez.
Três anos se passaram, a Fifa voltou atrás na resolução que proibia os jogos nas alturas e Maradona virou técnico da seleção argentina. Ontem, no mesmo Hernando Siles, o dono da 'mano de Dios' comandou os hermanos em uma das maiores sovas da história do futebol argentino: Bolívia 6x1 Argetina.

Que jogar em cima da montanha favorece o time da casa, acho que ninguem mais dúvida. Me parece óbvio. O que não pode é ficar martelando na idéia de que, sozinha, a altitude ganha jogo - imprensa e jogadores brasileiros adoram colocar a culpa na altitude depois de algum fiasco. Se altitude ganhasse jogo, a Bolívia golearia todas as seleções que vão a La Paz, e o Real Potosi, do mesmo modo, esmagaria os times que se aventuram em Potosi. Definitivamente, essa não é a regra.
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