quarta-feira, setembro 13

WTC e PCC

Não sei se é pecado. Acho que não. Mas também se for, bulhufas. O fato é que determinados acontecimentos da história recente - a queda do World Trade Center em Nova York e o dia dos caos em São Paulo, pra ser mais preciso - me deixam excitados.
As imagens dos aviões se chocando contra as torres gêmeas prendem a minha atenção, me deixam tenso. Fico intrigado. Acho que excitado é a melhor palavra. Não, eu não odeio os americanos a ponto de legitimar a ação do Bin Laden. Afinal, a conta pela política expansionista, imperialista e terrorista adotada pelo Walker Bush não pode ser paga pelos civis americanos, embora muitos deles a apoiem. Assim como os centenas de civis afegãos, iraquianos e palestinos não poderiam ter pago pela atuação dos fundamentalistas de seus países. É claro que as justificativas oficiais tanto para terrorismo de Estado praticado por um quanto para o terrorismo tradicional executado pelo outro são falsas. A minha visão sobre as verdadeiras razões dos conflitos entre ocidente e oriente estão mais ou menos explicadas aqui.
Lembro que na época do 11 de setembro de 2001 surgiu a hipótese de que os ataques teriam sido encomendados pelo próprio Bush, pois assim ele teria legitimidade para comandar as invasões no Oriente Médio. É óbvio que a insanidade do cowboy não chegaria a tanto, mas os ataques às torres legitimaram, pelo menos para a maioria do povo americano, não pra mim nem pra você, a mortandade no Afeganistão.
Dia 29 de setembro estréia nos cinemas brasileiros o filme "As Torres Gêmeas", de Oliver Stone. Pelo que podemos ver no trailler, vai ser mais uma daquelas babações americanas que exaltam o patriotismo e os "heróis" mortos, como se as vidas das quase quatro mil vítimas do Bin Laden valessem mais do que as das milhares de vítimas diárias do Bush no Oriente Médio.
No Brasil, o dia em que o PCC deixou em pânico boa parte dos dez milhões de habitantes de São Paulo também me excitou. Novamente, não sei explicar ao certo o por quê.
Acho que a explicação mais próxima para a minha agitação em relação aos dois casos seja, talvez, a confusão que tudo isso causa na cabeça das pessoas, os questinamentos, o medo, a expectativa por uma nova ação, a mudança na rotina, a insegurança...
Foram dias diferentes, pena que trágicos.

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