quarta-feira, outubro 18

O criminoso e a prova do crime

Estação Liberdade do metrô. Alex interrompe sua leitura devido à proximidade da estação Sé e coloca a prova do crime sobre o colo. De canto de olho, o Anônimo sentado no assento ao lado lê os escritos da tal prova. Estupefato, Anônimo ameaça olhar, também de canto de olho, para o rosto do criminoso. Desiste.
"Estação Sé, desembarque pelo lado esquerdo do trem", anuncia o maquinista. Alex levanta, Anônimo também: momento ideal para que o segundo possa olhar no olho e vislumbrar o rosto do criminoso. É o que acontece. As portas se abrem. Alex vai para um lado e o Anômino segue para o anonimato.

A "prova do crime" é a revista CartaCapital. Os "escritos", a manchete de capa (A trama que levou ao segundo turno) e o subtítulo (A partir da trapalhada do PT, a mídia, em especial a Rede Globo, beneficiou o candidato tucano de forma decisiva, às vésperas das eleições presidencias, com a divulgação das fotos do dinheiro e a ocultação de informações cruciais na cobertura do escândalo do dossiê).

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